Quem vai escutar esse disco esperando encontrar mais sons como o de “Don’t Speak”, não acha nada parecido... de fato, no disco “Tragic Kingdon”, do No Doubt, essa música, que tocava direto nas rádios lá pelos idos de 1995/96 é completamente diferente . É uma baladinha romântica que aparece no meio de um disco cheio de Punk Rock, Reggae e Ska, mas também até elementos Disco, com Gwen Stefann (uma loira louca que disse que pirava quando estava no palco e olhava pra baixo e via o tanto de garota que, como ela, tacava tanta tinta no cabelo que eles estavam caindo...) com uma voz meio de bêbada, como quem canta com um abuso, mas com uma tonalidade incrível, meio rouca algumas vezes, outras gritando feito louca.
Aliás, quem não conhecia a banda, a julgar pela capa do disco, não se pode esperar que seja exatamente um disco romântico: uma árvore seca, frutas podres, moscas e um campo completamente desertificado, dando conta de um “reino trágico” realmente.
Mas olhando de perto, muitas das músicas têm letras românticas, mesmo que a letra venha acompanhada com uma batida forte de rock, completamente diferente da que don’t speak apresenta (que dá até pra dançar de rostinho colado). E também, nas letras, verifica-se a dor de alguém que foi abandonado, que está puto da vida, alguém que acusa o outro, que vai se vingar, que tentou de tudo, que quer acabar com o que está vivendo...
O disco da banda californiana, é de 1995 e é também, sem nenhuma dúvida, daqueles que salvaria do Titanic, porque mistura, além dessas tendências que falei acima, elementos circenses, com a batida de caixa e trombones, trompetes, piano, Cítaras, muita bateria e a marcação sempre presente de guitarras, sobretudo quando tende ao Ska.
É disco para ser ouvido toda hora. De bom humor dá vontade de dançar. De mal humor dá vontade de gritar as letras que são, algumas vezes, furiosas.
Lembro também que (novamente) quem me apresentou à banda foi meu grande amigo Breno, e ouvíamos muito durante a faculdade. Hoje, tenho sempre à mão para escutar no carro. É ótimo para dirigir.
Destaco, entre todas, “Excuse-me Mr.”(Punk Rock pesado), “Just a Girl”, “Different People”, “Sixteen” (que emenda de um jeito absurdo em “Sunday Morning” – que dá vontade de sair pulando, dançando reggae...), “You can do it” (por causa de uma batida disco, muito diferente...) e “World Go ‘round”.
É disco que vale a pena ouvir do começo ao fim, por causa de ritmos que se alternam mesmo dentro da mesma faixa, por causa da voz marcante de Gwen, e de letras muito bem construídas, fáceis, mas profundas, falando de amor, de vida, de agonia, de busca de força, de juventude transviada...
Estaria salvo de qualquer tsunami, na minha opinião. Vale muito a pena escutar.
Realmente esse disco é uma raridade! É perfeito o som do No Doubt é sensacional
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