Em meio a muita desconfiança, informações equivocadas, outras incompletas, fui ver o show do Abba (ou melhor, "ABBA the show")e logo que entrei em Recife, parando no Chevrolet Hall para comprar os ingressos, eu, minha mãe, minha irmã Deyna e meu primo Marquinhos descobrimos que, sem dúvida, assistiríamos a uma banda cover do ABBA, chamada de Waterloo (nome da primeira música do ABBA a atingir o topo das paradas na Inglaterra), que depois descobri que desde 1996 faz tais apresentações, tendo conseguido, inclusive, licença dos integrantes originais do ABBA, Bjorn, Benny, Agnetha e Frida.
Minha irmã Deyna e eu já tínhamos comentado que, pela importância, a coisa estaria mais para a apresentação da Sinfônica de Londres e que deveria acontecer uma participação dos integrantes do ABBA... mas não foi exatamente o que aconteceu.
De fato, ao entrarmos no show, eu já começava a me questionar onde ficaria a orquestra, porque o palco, apesar de seus 1000 metros quadrados, não estava exatamente preparado para receber uma orquestra.
E eu estava certo: a Orquestra de Londres se resumia a cinco integrantes (todas mulheres) que estavam a postos no canto esquerdo-fundo do palco, atrás das duas backin' vocals, para tocar violinos e violoncelo. Alguma decepção.
E quando o show começou percebemos realmente que estávamos numa apresentação de homenagem ao ABBA original: tudo estava preparado para tanto - as roupas anos 70, a iluminação, os elementos que apareciam nos telões quando as músicas eram tocadas... era realmente um show cover.
Só que existem covers e covers. E se, por um acaso do destino alguém pensou, por algum momento, em pedir seu dinheiro de volta ao descobrir que se tratava de uma banda cover, tal intenção desapareceu nos primeiros minutos da apresentação, onde se descobre a perfeição com que o espetáculo foi construído.
Depois descobri que o quarteto ganhou um prêmio em 1999 numa TV sueca por ser o melhor cover de banda. Aí vi que a coisa já tem bastante tempo e prestígio, tendo lotado casas por toda a Europa e Estados Unidos. São descritos pelo fã clube oficial do ABBA como "o melhor ABBA desde ABBA".
A evolução toda do show é conduzida, basicamente, pelas crooners Camilla Hedren e Katja Nord, esta última, encarna tão fielmente Agnetta que é difícil não entrar de cabeça na fantasia que é a coisa toda toda. A voz é idêntica e a de Camilla é tão potente e marcante quanto era a de Frida. Impressiona todo mundo. Trocam de roupa durante o show, trazendo mais elementos visuais que, durante o show são muito bem montados. Os outros dois componentes terminam de compor o quarteto também extremamente bem travestidos - um tocando guitarra base e o outro no teclado.
O show vai num crescendo, passando por todas as músicas que o público espera, com direito a Coral com umas 30 crianças para cantar "I have a dream" e finalizar com "Thank you for the music", depois de enlouquecer o público em êxtase com "Dancing Queen", que foi, inclusive, pedido pelo público.
Minha infância e adolescência foi muito marcada pelos hits de ABBA e o disco "ABBA GOLD" (1992), com aquela capa preta com letras douradas e músicas que sempre povoaram minha bagagem musical, como Fernando, The Winner takes it all, Mamma Mia, Dancing Queen, Money Money Money, Knowing Me Knowing You.
Mesmo estando desfeita desde 1984, a banda ainda vende mais de 3 milhões de discos por ano, o musical Mamma Mia tem exibição permanente em várias cidades na Europa e apresentações como as que assisti certamente ainda atrairão muitas pessoas pelo mundo todo, apenas com a intenção de reviver (como realmente se revive) músicas de um grupo tão peculiar, de elementos muitas vezes bastante simples em letras e melodias, mas que faz o público se transportar para dentro de uma aura de prazer, de paz, de harmonia e felicidade intensa.
Acompanho seu blog, e sem dúvidas ABBA foi o melhor dos seus posts...
ResponderExcluirDancing Queen...Fernando...
Só falta falar sobre as Ronettes.