Esse final de semana fiz um pequeno tour cultural pela cidade do Recife, acompanhado da minha irmã caçula que, quem diria, acabou por me ciceronear durante tal estada.
Na sexta feira, outra das melhores experiências da minha vida no que diz respeito a grandes espetáculos: Simply Red.
Mick Hucknall é o próprio Simply Red, e apesar das entrevistas que deu dizendo que suas idéias criativas para o grupo acabaram, certamente que sua carreira solo não vai demorar a se consolidar, apesar do fato de que o público não desvinculá tão cedo a sua voz de canções que se tornaram rits (sobretudo românticos) como “If you dont know me by now” e “Stars”.
Aliás, fato notado pela minha irmã Yve, ver Mick no palco é a mesma coisa de vê-lo quando eu comprei, em 1996, um disco “the Best of”.
Mas para mim, o melhor disco do grupo é “Blue”, um dos discos que nem foi tão festejado assim, mas que, para mim, demonstra o que o grupo é capaz de representar em termos de sonoridade, indo ao reggae, ao jazz, ao R & B e ao romântico.
Apesar do setlist não ser exatamente aquilo que se poderia obter de uma carreira de 25 anos e muitos sucessos, no sentido de que o público poderia ter visto um show em que todas as músicas, se não fossem cantadas completamente, seriam bem conhecidas, para quem é fã de verdade, o show mostrou, na primeira parte, um Mick completamente no auge de sua potencialidade musical, mas também mostrou o próprio crooner dando créditos aos seus músicos, sobretudo a kenji Suzuki, na guitarra (com solos impressionantes) e Kevin Robinson nos metais (sempre presentes nas músicas do Simply).
Apesar da grande rotatividade dos integrantes (somente o próprio Mick é da formação original), em várias entrevistas, ele mesmo diz que todo o sucesso só foi possível graças, sobretudo, à qualidade dos músicos envolvidos, entre os quais, até teve um brasileiro, entre 88 e 96, Heitor Pereira, na Guitarra.
Somente na segunda parte do show é que o grupo se voltou mais à matar a saudade dos fãs e apontar para o final da carreira do grupo (farewell tour é o nome da turnê).
Nessa segunda metade do show é que se vê um Mick que entra meio comportado em um colete azul sobre uma camisa meio lilás se descabelar, brincar com a platéia, empolgar o público e mostrar o que levou o grupo a ganhar Grammy’s e atingir o topo de Billboard diversas vezes: a energia.
A partir de “Stars”, o grupo começa a enveredar pelo jazz, R & B que, no meu ver, é onde é mais forte. E a partir daí, velhas canções tomam o público para dançar em “Come to my aid”, “Money tôo tight to mention”, mesclada com hits românticos em “Mellow my Mind” e “If you don’t know me by now”, que encerra o show em êxtase.
Eu, de minha parte, senti falta de algumas músicas que, no meu ver, deveriam ter feito parte do setlist, como “Night Nurse”, “Say You Love me”, “The air that I Breath”, “The Right Thig”, “ A new Flame”, e mesmo que seja comercial, não custava nada ter tocado “For You Babies”. Alguém que me via cantar as músicas, já no final do show até me perguntou : “ei, você que é fã, eles não vão tocar for your babies e if you don´t know me by now não?” Na mesma ora ele começou a entoar essa última, mas os bebês não vieram...
É pouco provável que Mick se livre tão cedo de toda a carga que lhe cabe em razão da existência do Simpy Red, suas músicas e seus sucessos marcantes, mas foi realmente muito bom poder fazer parte dessa despedida.
Só para acompanhar, segue o setlist do show.
Out on the Range
Your Mirror
Home Loan Blues
Oh! What a Girl!
Heaven
You Make Me Believe
So Beautiful
Stars
To Be With You
More
Enough
Mellow My Mind
Sad Old Red
Holding Back The Years
Come To My Aid
Fake
Money's Too Tight (To Mention)
Ain't That A Lot Of Love
Sunrise
Something Got Me Started
If You Don't Know Me By Now.
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